350 escolas distinguidas por boas práticas e por serem referência para o ensino:

Dos 350 vencedores, 5 foram selecionados para apresentarem os seus projetos na cerimónia de entrega dos selos que decorreu no Parque das Nações, em Lisboa. Foram a Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal, o Agrupamento de Escolas Daniel Faria e as Academias Gulbenkian do Conhecimento (Skills4Genious, Escola das Emoções, #Entreviagensaprendizagens 2.0).

No total, 474 escolas inscreveram-se para a iniciativa “Escola 2022-2024 Saudávelmente” .

Francisco Miranda Rodrigues, bastonário da OPP, afirma que a participação na iniciativa foi “muito expressiva nesta terceira edição e também é muito expressivo o número de instituições merecedoras do selo.” Esta é a terceira edição da iniciativa que começou em 2017.

Envolver todas as partes:

“A ideia desta iniciativa é, acima de tudo, não só destacar boas práticas de referência ao nível nacional do trabalho que é bem feito, não só diretamente com os alunos, com os pais ou com os docentes, mas também com as próprias lideranças das escolas. Isto vai no sentido de haver uma melhor perceção e sucesso educativo”, explica Sofia Ramalho, vice-bastonária da OPP.

Quando questionada pelo JN sobre a forma como os psicólogos são envolvidos neste processo, Sofia Ramalho esclarece que este se trata de uma “perspetiva colaborativa” entre os psicólogos, os profissionais das escolas, os próprios encarregados de educação e entidades externas. “Todas as escolas têm psicólogos a trabalhar, muitas vezes alguns colocados no âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário.”

Interrogada sobre se existe um número suficiente de psicólogos nas escolas, Sofia Ramalho diz que “mais do que a questão do rácio, importa perceber se o número de psicólogos que estão nas escolas é suficiente em determinado tipo de contextos onde as necessidades são superiores.” Cita o exemplo de Odemira, que tem uma distribuição geográfica ampla e onde os psicólogos têm de se distribuir por diferentes escolas, como um dos casos onde existe uma falta de psicólogos.

A cerimónia contou ainda com a presença de Margarida Gaspar de Matos, presidente do júri dos “Prémios Saudávelmente”. “O que nós queremos é criar referências”, afirma a investigadora. E complementa: “as nossas práticas são reconhecidas como uma referência entre os países de língua portuguesa”.

Recorda ainda que “é bom termos algum orgulho no que fazemos bem e não estarmos só a flagelar-nos pelas coisas que não nos correm bem. Queremos identificar boas práticas para que possam ser guias para todos.”

Os Prémios Saudávelmente são uma parceria entre a OPP, o Ministério da Educação e a Fundação Calouste Gulbenkian. Na primeira edição deste Selo, entre 2017-2019, existiram 253 candidaturas, tendo sido atribuídos 99 selos. Já na segunda edição, entre 2019-2021, 267 escolas concorreram e foram entregues 161 selos.   Guilherme Lopes-Ontem às 21:08