Acerca dos concursos públicos e a comida nas cantinas das nossas escolas.
Não entendo, qual o espanto, quando existem relatos de que se come mal nas cantinas escolares.
Já se perguntaram qual a razão?
Há uns anos, quando se concorria a um concurso publico, havia dois factores que o júri tinha em conta: o valor da proposta e o mérito da mesma.
O valor é o que todos sabemos.
Em relação ao mérito, consistia em saber, se a proposta era exequível, se os materiais eram de boa qualidade, se a empresa era considerada cumpridora, qual o histórico, se acrescentava mais-valias em relação à proposta apresentada e se a mesma tinha sustentabilidade.
Hoje, o que conta é o quem faz mais barato e grande parte das vezes, abaixo do valor mínimo para as próprias empresas cumprirem com as suas obrigações fiscais e com o trabalhadores. Aliás, grande parte das propostas não são sustentáveis.
Isto acontece com todos o serviços que o Estado sub-contrata e é transversal a todos aqueles que querem negociar com o Publico.
Empresas de segurança, limpeza, jardinagem, oficinas, cantinas, pintores, pedreiros etc..
As empresas privadas que trabalham para o Estado, apresentam também(entre muitas) uma mais-valia em relação aos funcionários públicos: Trabalham 8 horas por dia! Logo, 3 dias a mais por mês, mas por menos dinheiro.
Meus amigos, qualidade a preços abaixo dos praticados no mercado, não existe. Alguém tem de perder e sair prejudicado. No caso das cantinas, são os nossos filhos.
No caso da economia em geral, somos todos nós.