
“Se as notas forem muito boas, mais do que a inteligência, elogiem o processo, o caminho, o esforço.
Se as notas não forem as desejadas, tentem perceber o que se passou, com calma. É o primeiro período, ainda há muito caminho pela frente. Nunca, mas nunca, lhes chamem algo que os inferiorize.”
Chegamos à meta final do 1º período deste ano letivo e pais, filhos, e encarregados de educação começam a fazer contas aos resultados obtidos nas avaliações no decorrer deste trimestre.
Poucos são os que fazem contas ao desempenho e ao esforço dos alunos.
Poucos são os que valorizam o caminho percorrido e que param para pensar o que correu menos bem, o que podemos mudar, e o que devemos continuar a fazer.
Ontem li esta carta maravilhosa no facebook e quis partilhar, para que todos possamos refletir sobre o tema. “Estimadas Mães, estimados Pais, Encarregados(as) de Educação em geral,
Nesta última semana de aulas, muitos irão receber os resultados das avaliações, que serão consolidadas em notas finais de período daqui a alguns dias. Nada de novo.
O que pode ser algo novo é o modo como as recebem. Talvez muitos já o fazem, no entanto, aqui fica: antes de receberem algum resultado de teste ou de notas finais, dêem um bom abraço aos vossos filhos, filhas, educandos.
Esse abraço dirá que gostam deles pelo que são, independentemente dos resultados.
Se as notas forem muito boas, mais do que a inteligência, elogiem o processo, o caminho, o esforço.
Se as notas não forem as desejadas, tentem perceber o que se passou, com calma. É o primeiro período, ainda há muito caminho pela frente. Nunca, mas nunca, lhes chamem algo que os inferiorize.
É certo que é de, tal como nós professores, puxar por eles de modo a dar o seu melhor.
E aqui estamos, em colaboração convosco, para ensinar-lhes conhecimentos científicos das mais diferentes áreas, dando-lhes ferramentas intelectuais para o seu futuro. No entanto, um aluno, antes de qualquer nota, é uma pessoa com muito a acontecer na sua vida. De criança a adolescente, a dimensão afectiva é muito forte.
A base, o fundamento, o suporte, é sentirem-se amados simplesmente por serem quem são. Mais importante ainda, não descarreguem ou projectem sobre eles as frustrações que possam ter, de presente ou de passado. Ninguém é cópia de ninguém, muito menos uma criança ou um adolescente. Se se sentirem amados, podem ser desafiados ao seu ritmo que irão dar resposta, igualmente ao seu ritmo. Talvez possam receber uma ou outra indicação sobre o comportamento.
Antes de manifestarem a vossa tristeza, ou repreensão, abracem-nos. Recordem que são crianças ou adolescentes e não adultos em miniatura.
O primeiro apoio que eles sentem é em casa, nesse sentir de lar, onde podem voltar sempre que algo não corre pelo melhor. É isso, antes de receberem algum resultado de teste ou de notas finais, dêem um bom abraço aos vossos filhos, filhas, educandos. Esse abraço dirá que gostam deles pelo que são, independentemente dos resultados.
Obrigado. É muito bom estarmos juntos nesta missão, ainda que de modos diferentes, de educar e ajudar as “nossas” crianças e adolescentes a serem mais humanas. “
Um Abraço! – [ PAULO,SJ, em O.Insecto, autorizado para Up to kids®]. Aproveitem para conhecer o autor e não deixem de espreitar o blog. Vale a pena! Imagem de Odilon Dimier
Carta às Mães, Pais e Encarregados de Educação