De acordo com o estudo agora divulgado, “quase 90 por cento dos encarregados de educação consideram que a pandemia teve impacto no desempenho escolar dos alunos no ano letivo anterior”.
“Num país em que as escolas encerraram mais dias do que a média da OCDE, os alunos do 3.º ciclo foram precisamente os que ficaram mais tempo privados de aulas presenciais. À data deste estudo (novembro de 2021), mais de metade dos professores estavam ainda a compensar a matéria que ficou em atraso por consequência dos confinamentos”, observa a DECO.
A Defesa do Consumidor refere ainda que “quatro em cada dez encarregados de educação reconhecem que a pandemia foi desafiante para a saúde mental das crianças e dos jovens”.
“Quase um terço dos pais reporta que os filhos têm menos vontade de sair de casa do que antes da pandemia”.
“Estas dificuldades foram mais sentidas pelos alunos do 1.º ciclo. Tal como afirmam 83 por cento dos pais, houve um importante aumento do uso da tecnologia no ensino. Contudo, em mais de metade dos casos, este levou a que as crianças passassem mais do seu tempo livre em frente aos ecrãs”, lê-se na síntese do estudo da DECO.
A relação com a escola:
Todavia, o contexto pandémico “faz com que 46 por cento dos pais se sintam mais afastados das escolas devido à falta de atividades como apresentações e festas e apenas 44 por cento referiram existir melhorias na comunicação entre as famílias e os estabelecimentos de ensino”.
Ainda assim, “52 por cento dos encarregados de educação consideram que o sistema de ensino teve um bom desempenho ao longo da pandemia”.