Alexandre Poço considera que o “Governo falhou na entrega dos computadores e falhou na preparação do ensino à distância, que todos sabíamos que podia ser uma realidade se a pandemia se agravasse”.

© Governo/João Bica
POLÍTICA COVID-19
A Juventude Social Democrata (JSD) manifestou, esta sexta-feira, a sua posição sobre o encerramento das escolas durante 15 dias decidido ontem pelo Executivo em Conselho de Ministros. “Depois dos ziguezagues do primeiro-ministro em torno do fecho ou da abertura das escolas, sendo capaz de dizer tudo e o seu contrário no espaço de três dias“, para a JSD, “a decisão tomada ontem de suspensão das atividades letivas presenciais proibindo o ensino à distância revela o falhanço na preparação deste ano letivo por parte do Governo, causando um descalabro total na Educação“.
A JSD vai mais longe, apontando que o país tem “assistido a um triste espetáculo com as escolas e a Educação” cujos dois governantes são “protagonistas”.
Para exemplificar, a Juventude Social Democrata recorda, na mesma nota, que em “maio de 2020, António Costa e Tiago Brandão Rodrigues prometeram para este ano letivo computadores, acesso à internet para todos os estudantes e a conjugação entre ensino presencial e à distância“.
O líder da JSD sublinha, que na sua opinião, “o Governo falhou na entrega dos computadores e falhou na preparação do ensino à distância, que todos sabíamos que podia ser uma realidade se a pandemia se agravasse. Em 10 meses, pouco ou nada foi feito para garantir que não tínhamos este desfecho”.
E acrescenta: “À boa moda socialista, para esconder a mediocridade e o descalabro na preparação deste ano letivo 2020/21, a solução encontrada passa por proibir qualquer tipo de ensino à distância, ignorando a existência de escolas preparadas para garantir a continuidade das atividades letivas à distância“. Neste seguimento, a JSD exige ao Governo que:
-“Acelere a entrega de computadores;
-Permita o Ensino à distância-apoiando e ajudando as escolas que têm menos condições para o efeito, em vez de proibir e perseguir as escolas que já têm condições para o disponibilizar;
-Ajuste o calendário escolar para minimizar os impactos negativos na aprendizagem;
-E apoie as famílias e os encarregados de educação.”
Por fim, a Juventude Socialista pretende que “Portugal possa ter um Ministro da Educação, em vez de um Ministro da Propaganda.”