O Sindicato de Todos os Professores (STOP) denunciou hoje que uma escola substituiu funcionários em greve e outras não avisaram os pais sobre o protesto, tendo sido surpreendidos com os estabelecimentos de ensino dos filhos encerrados.

© Lusa-20/09/21 13:41 ‧ HÁ 3 HORAS POR
“Ainda não conseguimos fazer um balanço sobre o impacto da greve de hoje, mas temos conhecimento de vários problemas”, disse à Lusa o representante do STOP, André Pestana, no quinto dia de paralisação de professores e pessoal não docente, que começou na passada terça-feira e se prolongará até quarta.
A escola em causa situa-se na zona de Lisboa e os trabalhadores são assistentes operacionais, acrescentou.
André Pestana esteve hoje em frente a um estabelecimento de ensino em Coimbra, Escola 1 da Conchada, onde se realizou também um protesto de pais e encarregados de educação devido à falta de condições: “As salas são muito pequenas, há infiltrações ao lado de quadros elétricos, o que é um perigo, e falta material para trabalhar, como projetores”, enumerou.
O STOP diz ser solidário com a falta de condições nas escolas para trabalhar, mas aponta outros motivos para a greve que termina na quarta-feira, como os efeitos da municipalização.
A transferência do pessoal não docente para as autarquias vai significar a “dispensa de trabalhadores, que estavam prestes a entrar para o quadro”, disse André Pestana.
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Dentro das salas de aula, quer que haja menos alunos por turma e que sejam criadas medidas para combater a indisciplina.
O STOP decidiu agendar uma greve para a semana de arranque do ano letivo de cerca de 1,2 milhões de alunos do ensino obrigatório para contestar a precariedade e exigir melhores condições de trabalho, mas na sexta-feira passada anunciou que o protesto se iria prolongar até dia 22 de setembro.